Na tradição hebraica, que deu origem a tradição cristã, na qual fui criado, a luz é uma metáfora. Deus fez o universo a partir do nada, uma composição molecular da qual Ele não faz e nunca fez parte, já que "algo" é limitador e Deus não tem limites. Assim Ele não é e ainda sim é. A imagem poética é muito bonita, afirmamos que tudo que vemos, sentimos e tocamos, a dureza dos átomos densos, a suavidade de uma brisa (átomos talvez soltos, como que brincando) é o sopro de Deus.
E nesse ser, nessa existência, Deus criou primeiro a luz. A luz não deve ser confundida com o sol, a lua ou as estrelas, já que eles só foram criados depois. Ele simplesmente cria a luz, uma não substância que é como uma partícula e como uma onda, mas talvez nenhuma das duas - apenas alguma espécie de energia em transito. Uma espécie de onda magnética. A luz portanto, se torna uma metáfora adequada para um "não ser" que é. Deus, como a luz, viaja a velocidade da luz e como o espaço e o tempo são associados a velocidade, a velocidade é o número mágico e exato que permite uma espécie de fuga do tempo.
Os cientistas fizeram uma experiência com relógios atômicos, perfeitamente ajustados, colocando um deles em um avião para dar a volta ao mundo, enquanto o outro permaneceu imóvel, esperando o retorno do parceiro. Quando foram unidos, aquele que viajou estava milissegundo atrasado em relação ao que ficou. Quanto mais rápido você viaja, menos experimenta o tempo. E caso você se mova a velocidade da luz, nunca irá envelhecer, está fora do tempo, será eterno!
Mas existe um porém: Com a velocidade, a matéria se torna mais densa, de modo que a velocidade da luz, você irá implodir ao chegar ao Wichita, com seus atômos parecendo bolas de boliche!
Eu e você, feitos de de moléculas, não podemos viajar a velocidade da luz e não podemos fugir do tempo pelo menos como corpo. Pense na complexidade da luz, mais aquilo que toca. Ela é feita de nada, apenas energia objetiva e concentrada, infinita em seu poder (ela nunca irá parar se for lançada no vácuo, continua para sempre) Então, quão adequada é para Deus criar uma existência e então a metáfora, como se disesse: "Aqui está algo inteiramente diferente de vocês, fora do tempo, infinito em seu poder e impulso: aqui está algo que vocvês podem experimentar, mas não compreender". Assim, pelo restante da bíblia, Deus chama a si mesmo de "Luz"
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